quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Um bom fim

Então ele terminou assim
Sob o beija de um anjo negro
Sobre o colo de belo metal de uma dama da guerra
Com sonhos de Morgana dedilhando sua carne
E a todas como uma jurou a eternidade em lembrança

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Doce ceifeira

Minha doce ceifeira
Porque vem em tão delicada forma
Como tenta me seduzir mesmo com lamina em punho
Perfeita jovem, frios lábios que tanto desejo
Você apare em meus campos
Recolher os meus inimigos derrotados
Teu vestido a te insinuar
Teu gesto a me desprezar
Teu olhar a me acariciar
E eu sempre a desejar teu final beijo

Anjos de Guerra II

É machado, é pequena flor
É grossa lâmina, é delicada criança
Pesa arma, somente regida pela força
Doce menina segurada apenas pelos sonhos
É um anjo em meu coração
Deusa e noite em negros vestidos
Deusa e morte em tempos de guerra
Machado que levo pela mão ou em minhas costas
Menina e mulher que em mão conduzo a dançar em palcos de guerra
Anjo da morte e amor que são marcam carne e alma
Em palavras simples e assustadoras
Te amo meu pequeno anjo.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Anjos de Guerra I

Pequeno anjo
Tanque manchado da guerra
Bela e doce face juvenil
Corpo de blindagem impugnável
Lindo metal de atraente forma
É pequena criança em meu peito
É arma brindada em campos de guerra
É inimigo que me fere
É menina que eu amo.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Perdido

Onde esta o gosto do sangue
O sangue de meu inimigo espirra em meu rosto
Não há calor, não há frio
Um sangue sem gosto
Uma batalha sem emoção
Não ha gritos, não há expressão de terror
Bonecos a cair
Sem vida, sem expressão, sem o gosto da batalha
Será que me perdi no caminho da espada
A espada e o sangue me guiaram
Agora me afogo neles e todo o gosto e sentido se perderam
O que será que aconteceu que minha espada não canta mais
o que aconteceu que as Valquíria não descem
Porque não vejo mais as asas de meu anjo da morte sobre mim.

domingo, 10 de outubro de 2010

Pequeno amor

Meu pequeno amor
Lembra-se daquelas tarde em minha campina
A sombra daquela arvore
Falei-lhe sobre meus campos de flores
Mostrei-lhe meus campos de guerra
E você sorriu e adorou o cheiro daquela flor
A flor de minha guerra, vermelha e solitária
Flor negra e assustadora, ainda assim incrível
Deitamos a tarde sobre aquela sombra
Você me contou onde tuas asas já a levaram
Mostrou a velocidade de tua mão
A força de sua imortal foice
Sonhamos juntos
E pelo resto da eternidade encarei teu olhar
Esperando aquele tão inevitável e distante beijo
Beijei-te, te amei
Meu pequeno anjo da morte.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Um amor

Meus jardins são manchados de sangue
Minha gloria feita sobre corpos mortos
Minha mão só repouso no punho da espada
Minha sede só se sacia nos campos de batalha
Só me acalmo em seu corpo
E mesmo assim você desenha em minhas costas
Com unhas, sangue e prazer teu amor

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Jovem Flor

Na campina onde repouso minha espada
Onde me despojo de minha armadura
e limpo meu sangue e o sangue de meus inimigos do meu corpo
Lá, ao tocar do sol desabrocham belas flores
Seus perfumes a me seduzirem
Mas ao longe, te vejo sobre a sombra das arvores
Tão bela e solitária
Uma negra rosa, um anjo de puras asas
Um botão esperando o tempo certo de reinar
Uma deusa a esperar para ceifar minha alma
Vejo-te lá, tão temível e bela flor
Tão bondoso e sinistro anjo
Onde posso descansar minha espada
E esperar, pela próxima luta ou pela morte em tua foice
Pois amo-te, minha jovem flor
E quero ver-te desabrochar
Mesmo que seja a hora que ceifar minha alma.