quinta-feira, 31 de março de 2011

Maldito toque

Desejei ter sonhado aquele pesadelo
Vi teus dedos deslizando em meu peito
vi tua unha tão delicada lamina
Como queria ter sonhado aquilo
Como queria ter encerrado minha historia por ali
Você me despiu me beijou e disse me amar
Ainda hoje tento sonha essa vida triste
Ainda hoje sinto teu toque em meu peito
E no meu inferno eterno é a única coisa que sinto
Gélido e distante toque em meu peito
Noite fria onde o sangue em minhas veias descongelou
De tal irá fui possuído e tal tormenta fui tomado
E o sangue evaporou levando junto consigo a raiva
E por traz de uma nevoa rubra tua silhueta
Tua mão em meu peito a brincar com meu coração
A extrai-lo, seco, porem vivo em teu calor
Agora seco e estira um corpo desprovido de alma e sangue
Um ser incapaz de sentir um toque além daquele seu maldito beijo
Maldito beijo de despedida que ainda guardo o gosto em meus lábios
Tão bom e atormentante amor de uma alma morta
Ainda por aqui, ainda a sentir seu toque.
Eternamente te desejando.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Insistente risada

Devastado é o peito aberto
Rarefeitas são suas asas abertas
Deformada é sua mente na noite
Corrompida é sua alma na solidão
A historia de seu tesouro vivo
A historia de um amor traiçoeiro
Delicia-se em entranhas e secos campos
Es demônio alado sem asas
Senhor do fogo de sangue gélido
Es aquele que possui oque não tem
Ele insistentemente olha para o céu
Risos de escarnio e desprezo
Rios de sangue de lamentação e sacrifício
Ele ainda arranha o peito aberto
E prova do sangue seco na ferida já antiga

quarta-feira, 16 de março de 2011

Falso Riso

Risonhas lagrimas
Vivido corpo fedido
Seus dedos são garras
Laminas sedentas e vis
Teu sorriso manchado em vermelho
Tua gloria não mais revestida em ouro
Não mais inflige o terro dos céus
És agora a praga viva pela terra
Rói as carnes podres e devora os espíritos fracos
Olha para o céu e ri sobre a chuva negra
Ri do ouro que some ao horizonte
Então a sombra paira deves sobre teu semblante
Lagrimas vermelhas e risos amarelos
O vazio em seu ser e o desejo do nada
Sobre rios de almas apáticas

segunda-feira, 14 de março de 2011

Triste Amor

Então pousou sobre seu novo bem
Bem amado bem, como o ouro em seu peito
Como o sangue em suas garras
Abraço-a e apertou-a contra o peito
Então banhou-a em teu sonhos
ela pela peça em vivo ouro e diamante negro
Compartilhou de tua carne e de suas asas
Ela sonhou com altos voos
Ele em dormir eternamente em seu tesouro
Então ela pediu, ame-me em minha forma
E ele a possuiu em sua forma e em total poder
Banhado em ouro e escamas se descobriu
De sombras e ouro ela despiu branca pele
Amor e sangue, sonhos e desejos então algo se partiu
Pálida mão ensanguentada, doces olhos lagrimejado
Preciso voar, foi dito, um peito aberto e estilhaçado
Vil bruxa, tolo dragão, o maior dos tesouros
Contra teu peito deferiu grotesca traição
Em humilde forma alçado ao chão de peito aberto e vazio
Teu sangue escorre, enquanto maldita bruxa se alimenta

sábado, 12 de março de 2011

Belo Amor

Vil demonio sobre pilha de osso e ouro
Maldito anjo da morte e sabio ancião
Tuas asas provem sombra e destruição
Teu alito fogo, desgraça e poder
Deita e dorme sobre teu tesouro roubado
Reveste teu peito de ouro alheio
Mas não espera que ouvesse outra riquesas
Pedras e ourou, finos ornamentos e refinada arte
Cobriam seu corpo Entre suas garra e grossas escamas
Tão gentil dama de negras vestias tão belamente adornada
Sedutora bruxa e covil de ganancioso dragão
Entre magia e sangue entre garras e metal
Sinitro prazer, distorcida diversão e risos ao luar
Então lutaram e dançaram em confins de profunda caverna
Ouro derretido na pedra, tapeçaria e vasos aruinados
Ironico gargalhar, entre ardilosos olhares
então em fim repousaram sobre o topo da montanha
e o sol brilhou negro em tão bizarra união.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Nova Forma

Por sobre ossos podres
Por cima do sangue derramado
Cada nova lamina em sua carne cravada
Cada novo pesadelo desenhado ardilosamente
Em couro e escamas, garras e dentes
Em montanha de cadáveres e ouro repousa
De olhos fechados porem de asas armadas
Alastra densa sombra rubra
Sem mais carne ou rosto
Mero ser de ódio massivo
Em humana forma e sangrento desejo

quarta-feira, 9 de março de 2011

Alma corrompida

A morte novamente repousa sobre seu corpo
E a correr sua alma ela a distorce
Uma massa negra de apatia com o mundo
Não a fogo ou gelo, vaga e sem sentimentos.

Morre e renasce, uma fênix negra
Ou apenas uma praga a assombrar
Pelas tardes vazias, pelas noites sombrias
A cada amanhecer um novo apodrecer do corpo.

Tua alma distorcida e fedido corpo
Nem o calor do sangue ou o gosto da vitória
Uma alma amaldiçoada sem sentido ou destino

Uma cruel brincadeira da morte seria
Se ela mesmo não o quisesse matar
Mas ele não cai, pois no vazio ainda resta uma promessa.