terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Palavra mal dita

A palavra foi dita, O punhal foi lançado
Vil língua a minha, idiota e inconsequente
Seu sangue escorre por seus seios
Cada gota é uma lâmina que se crava em minha alma
Sua dor rasga-me o estômago e retira-me as entranhas
Vazio e aberto, morro lentamente enquanto seu sangue escorre
As lâminas rasgam minha pele. Me esfolam
E mesmo assim choro não pela minha dor.
Como pude eu lançar aquelas palavra?
Em hora tão errada. Em lugar tão errado!
Palavras vazias que se tornou lâmina tão afiadas que se cravou no peito de minha amada.
Sofro a cada segundo. O corpo meu já estripado.
Sofro a cada fôlego. Com a pele esfolada
A cada minuto sem suas palavra. Lâminas se cravam em mim.
Sem seu carinho. Morro eternamente em fogo.
Porém sinto ainda que não compensou uma gota de sua dor .
Mesmo com a eternidade do meu sofrimento. Ainda lhe pesso desculpas.
Que tolice a minha.
Como poderia eu salva-la de meus erros?

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Aquela palavra

Sabe aquela palavra que eu não disse
sabe aquele sentimento grande e indiscriminável
é uma vil palavra que ilude e da esperanças
as vezes distancia
as vezes cria pontos
as vezes cria laços
e por fim as vezes acorrenta
muita vezes usada inadvertidamente
usada idiotamente ainda como desculpa
não a quero usar assim
não quero desperdiça-la em um erro
em uma noite de êxtase
quero guarda-la
quero carrega-la egoistamente comigo
e se um dia ela fugir de meus lábios
sabia que não foi por querer
foi porque ela foi mais forte
mais forte que meus quereres
mais forte que meus medos e receios
mais forte que a duvida
ou que o medo
e ela vira para você na forma de uma flecha
uma arma para lhe atravessar o peito
para te marcar para a vida inteira
ela será um precioso presente
com o poder te destruir a nós dois
até só sobrar o pó
e que brilhará mais que os sois na escuridão do universo
e queimara tudo
e fara tudo crescer    

Caminho inadvertido

Maldito fio de sangue que corres de teus lábios
Fui meu vil desejo de carne que o fizeste brotar
me quebra a alma cada gota escorrida
cada pulsar perdido

Deixaste marcas em mim
mas nada me dói mais que a lembrança
cada gota derramada que seca
e assim como seu olhar perde o brilho quando olha pra mim

vil desejo mundano
vil permissão inadvertida

minha alma quebrada
teu carinho a perder 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Aquela Imagem

Quem me dera o ódio me sega-se
Quem me dera meus olhos mostrassem alguma insanidade
Mas não há nada ali, só a linha do horizonte
Só o vazio de um livro faltando na estante

Um cicatriz fechada a fogo de uma bela batalha
Uma ressaca depois da épica noite de bebedeira
Aquele cansaço depois do treino
Aquele frio depois do banho

Algo arranha meu peito
Algo aperta minha alma
Algo me tira o foco da noite

Não é arrependimento, nem odeio
É um ciume singelo, um carinho perdido
Um lembrança maravilhosa que deixou saudades

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O muro e o monstro

Cada tijolo em meus muros é uma moeda de carne e sangue
Cada víscera de meu muro é uma víscera minha
O sangue que lhe escorre é o meu sangue
Cada gota, cada linha, é sangue suor e lagrimas

Um monstro habita entre minhas paredes
Alimentado com carne, ossos e sangue
Ele cresce e o muro cresce junto
Porque o monstro sou eu

Desejo sua carne seu sangue como tributo
Cada dedo apontado, cada flecha atirada
Cada ameaça, cada corte de tua lamina
Cada palavra, cada corrente lançada.

O lobo cresce, o demônio aumenta, o monstro se alimenta
Eu sou o lobo na mata
O demônio na sombras
O monstro atras das paredes

Quero rasgar teu seio nu
abrir sua gargante e ver o sangue escorrer entres eles
Quero provar a carne entre suas pernas
Arranca-la com um mordida e engoli-las

Mas tudo que você pode ver é um muro que sangra
Um muro quieto, um muro muitas vezes  silencioso
mas o monstro esta la,
Vísceras e sangue, meus em cada tijolo.

O monstro esta lá, e no meio da noite ele bufa
O muro treme, você acorda, e o muro treme.
Você escuta o som da besta, o muro treme, e...

O monstro dorme e o muro cresce...

Pelo menos mais uma vez...

quinta-feira, 19 de março de 2015

meu prazer

Abra os Olhos meu amigos
Veja lentamente minha lamina perfurando seu globo ocular
Veja lentamente minhas unhas rasgando tua pele
Gosto do sangue que escorre do teu peito

Gosto da tua cara contorcida em pranto
Tuas lagrimas misturadas em teu sangue
Nossa com esse gosto me sacia a sede
Mais que o gosto puro de suas vísceras em sangue

Tua língua enrolando na minha
Uma mistura intoxicante de lagrimas, sangue e suor
Embebidas em teu planto e gemida
Me aconchego sobre seu sangue quente

Te abraçando com minhas mãos cravadas em tua carne