quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Em meu Solo


A cada segundo que passa a chama perde a força
A cada centímetro de sua espada em meu peito o sangue brota
A cada toque de suas pele contra a minha alma se liberta
Mas um sonho pode ruir as construções de uma era

A cada corpo atravessado pela minha lamina um triunfo
A cada colheita farta em meus campos uma satisfação
A cada noite a te cobrir com meus braços uma felicidade sem igual
Mas um sentimento pode ruir as construções de uma era

Construa tua vida sobre o sangue que derramei
Construa tua vida sobre o campo que semeei
Por que adubei meus campos com os corpos de meus inimigos
Por que levantei minha casa com as laminas vitoriosas dos meu aliados

Sobre mim sombra e morte existem
E sob meus pés o chão será sempre fértil
Pois ele será o retrato de meus inimigos e de minhas vitorias

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sonhos em tempos de Paz


Vejo a plantação crescer
Vejo os dia e noite passarem
A tranquilidade dos dias de paz
O cheiro da terra revirada
O vento a farfalhar por entre o trigo
A vida vindo da terra e do ventre amado
O carinho de seus doces beijos
E na cama me deito com a felicidade da vida
E na cama sonho com o ódio e a fúria da guerra
O doce calor do sangue respingando em mim
A força em cada golpe definido
A lamina cortando ferro,couro e carne
O cheiro da morte a rondar
Horror e jubilo, morte e vitoria
Vejo o inimigo a se afundar em minha lamina
Vejo seu sangue a banhar a lamina
Vejo sua vida a abandonar seus olhos

A espada na Parede


Seu rosto hoje coberto pela barba
A gordura gruda em seus ossos
e a plantação chega perto da colheita
A espada pende sobre a cabeceira da lareira
Há crianças pela casa a correr e rir
Toda noite ama a mesma mulher
A calmaria tomou o nome de paz
Muitas vezes serra as mãos lembrando o peso da espada
muitas vezes o rugido que amedrontava o inimigos
Agora sem perde entre o barulho da casa
Os campos estão verdes e os céus azuis
Mas porque ele ainda em noite sóbrias ele deseja
Deseja o vermelho e o calor do sangue fresco
O medo da morte iminente e o jubilo do combate
Seu coração ama sua família mas deseja gritar na guerra
Banhar-se em sangue, fúria e gloria
Mas esta ele ali olhando
Sua espada pendurada sobre a lareira