quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Presença do Fim

Peito Aberto em ruínas
Loucura desvairada a levantar um corpo
Impaciência incessante
Demência e ilusões a te povoar
Um coração que bate longe de um peito
Uma abraço a destroçar sua alma
Ímpeto bravio de realizando tudo sem fazer nada
Desejo do nada e dominar todos a sua volta
Amar o coração perfurando e morto
Odiar a pele quente que te afaga
A felicidade alcançada sobre seu próprio sangue
A infelicidade de ser feliz
A vaga sombra da morte a cada canto de olho
O cheiro da terra revirada de uma cova
O inicio de uma nova vida sobre teu sangue
Nada mais levara ao inicio
Nada mais levara ao fim
Sobre meu tumulo
Sobre teu tumulo
Sobre o túmulo de nossos filhos
De nossos avós sobre o nosso
Sobre o fim antes do começo
Sobre a ruína do trono
Sobre a ruína da alma
Sobre o fim de mim em mim

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Aquele Sentimento

O ultimo oponente caiu
A ultima barreira foi ao chão
A vingança saciada
O odeio esvaído
O desejo saciado
A luxuria consumida
E agora...
Ali jaz sentado sobre o trono
Em pedra fria, carne seca
Sobre as dunas, sangue e pele
Todo o interior consumido
Toda a alma consumida
E agora o que sobra
O desejo realizado
A fome saciada
O almejado descanso alcançado
E agora...
O tédio do campeão
O vingador saciado
E agora só aquele sentimento
Sobre o Trono de pedra Repousa