segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Aquela palavra

Sabe aquela palavra que eu não disse
sabe aquele sentimento grande e indiscriminável
é uma vil palavra que ilude e da esperanças
as vezes distancia
as vezes cria pontos
as vezes cria laços
e por fim as vezes acorrenta
muita vezes usada inadvertidamente
usada idiotamente ainda como desculpa
não a quero usar assim
não quero desperdiça-la em um erro
em uma noite de êxtase
quero guarda-la
quero carrega-la egoistamente comigo
e se um dia ela fugir de meus lábios
sabia que não foi por querer
foi porque ela foi mais forte
mais forte que meus quereres
mais forte que meus medos e receios
mais forte que a duvida
ou que o medo
e ela vira para você na forma de uma flecha
uma arma para lhe atravessar o peito
para te marcar para a vida inteira
ela será um precioso presente
com o poder te destruir a nós dois
até só sobrar o pó
e que brilhará mais que os sois na escuridão do universo
e queimara tudo
e fara tudo crescer    

Caminho inadvertido

Maldito fio de sangue que corres de teus lábios
Fui meu vil desejo de carne que o fizeste brotar
me quebra a alma cada gota escorrida
cada pulsar perdido

Deixaste marcas em mim
mas nada me dói mais que a lembrança
cada gota derramada que seca
e assim como seu olhar perde o brilho quando olha pra mim

vil desejo mundano
vil permissão inadvertida

minha alma quebrada
teu carinho a perder 

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Aquela Imagem

Quem me dera o ódio me sega-se
Quem me dera meus olhos mostrassem alguma insanidade
Mas não há nada ali, só a linha do horizonte
Só o vazio de um livro faltando na estante

Um cicatriz fechada a fogo de uma bela batalha
Uma ressaca depois da épica noite de bebedeira
Aquele cansaço depois do treino
Aquele frio depois do banho

Algo arranha meu peito
Algo aperta minha alma
Algo me tira o foco da noite

Não é arrependimento, nem odeio
É um ciume singelo, um carinho perdido
Um lembrança maravilhosa que deixou saudades