segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O muro e o monstro

Cada tijolo em meus muros é uma moeda de carne e sangue
Cada víscera de meu muro é uma víscera minha
O sangue que lhe escorre é o meu sangue
Cada gota, cada linha, é sangue suor e lagrimas

Um monstro habita entre minhas paredes
Alimentado com carne, ossos e sangue
Ele cresce e o muro cresce junto
Porque o monstro sou eu

Desejo sua carne seu sangue como tributo
Cada dedo apontado, cada flecha atirada
Cada ameaça, cada corte de tua lamina
Cada palavra, cada corrente lançada.

O lobo cresce, o demônio aumenta, o monstro se alimenta
Eu sou o lobo na mata
O demônio na sombras
O monstro atras das paredes

Quero rasgar teu seio nu
abrir sua gargante e ver o sangue escorrer entres eles
Quero provar a carne entre suas pernas
Arranca-la com um mordida e engoli-las

Mas tudo que você pode ver é um muro que sangra
Um muro quieto, um muro muitas vezes  silencioso
mas o monstro esta la,
Vísceras e sangue, meus em cada tijolo.

O monstro esta lá, e no meio da noite ele bufa
O muro treme, você acorda, e o muro treme.
Você escuta o som da besta, o muro treme, e...

O monstro dorme e o muro cresce...

Pelo menos mais uma vez...

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